Detalhe de uma marinha pintada em óleo sobre tela em fase de secagem.
"...durante muito tempo eu pintei do natural e naturalmente desenvolvi, a partir dos ensinamentos recebidos, uma paleta adequada às cores que se apresentavam diante dos meus olhos. É importante frisar que os locais e horários variavam pouco, o que restringia a variação das cores. Quando o dia amanhece as cores são mais quentes, quando o dia está nublado elas são mais cinzentas, nos dias ensolarados as sombras são azuladas - violetadas, as luzes refletidas são esverdeadas e assim por diante ( o assunto é vasto e seria necessário um livro inteiro para abordá-lo razoavelmente ).
Na mesma época em que eu pintava desse modo - com cores terrosas, ocres, verdes 'cozidos' com laranjas, azuis queimados com terras, pretos obtidos pela fusão de cores complementares - eu 'descobri' a arte 'moderna' e alguns importantes pintores modernistas.
Eu me lembro de uma ocasião que um desses artistas me advertiu sobre o uso de cores 'acadêmicas' como os ocres e terras. Segundo eu entendi, na época, para ele haveriam cores 'modernas', 'contemporâneas', 'concretas', 'abstratas' e ainda 'naifs'. Não levei nada disso muito a sério, afinal, em meus diálogos com as cores elas nunca me falaram nada sobre isso, sobre o comprometimento de alguns 'grupelhos' de cores com determinadas escolas ou grupo de artistas! As cores me asseguraram que eram livres e que poderia usá-las livremente sem pedir autorização a ninguém. Anos mais tarde verifiquei que Picasso, Matisse, Modigliani, Van Gogh, Gauguin e todos os outros mestres da arte usavam a cor livremente. Descobri que as cores haviam conversado com todos eles..."
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Perfeito teu comentário Antônio! As cores, pra mim, vem de dentro, fluem livremente com a minha emoção, junto com a minha mão.
ResponderExcluirGrande abraço
What a beautiful picture you painted!
ResponderExcluirPintura maravilhosa. A mistura de cores está perfeita! Belo trabalho.
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