sábado, 16 de outubro de 2010

American Trilogy


Capa do cd original com intervenções de photoshop by Antonio Machado


 1972. Há trinta e cinco anos atrás, eu, à noite, festejava o aniversário, 20 anos, no dia 10 de junho. No Madison Square Garden, na mesma hora, Elvis cantava, dentre outras músicas, American Trilogy, “Proud Mary”, lembram? Aquela do Credence, depois Tina Turner... É..., pois é. “You’ve lost that lovin’feelin”, aquela do Bill Medley, da Dionne Warwick e de tantos outros. É...  lembram? Não? Eu lembro e ouço ainda hoje. Não com sabor de comida requentada, não são recordações de marmita na condução lotada. São prazeres renovados.
Elvis não morreu e continua aperfeiçoando o seu canto. Tenho notado o seu progresso, canta cada vez melhor, é cada vez mais rei. Essa página é dedicada ao rei do rock. Vou mandar entregar uma cópia para ele, no sinal de trânsito. Quando seu Cadilac parar, um menino com malabares vai me fazer esse favor.
Ele sempre passa pela avenida Atlântica rumo ao Boulevard, Memphis, Tennessee. Acreditem, ele já parou aqui na rua 11, atual Costa do Sol em Itaipuaçu. Buzinou, me acordou, abri o atelier, cheguei na varanda e acenei. Elvis estava de branco, com lenços coloridos no pescoço, alguns colares havaianos. “Aloha” Elvis, gritavam as dançarinas de ula-ula. Dizem que por Itaipuaçu fica mais fácil chegar ao Havaí.
Me arrumei rápido e segui a limousine. Elvis desceu, montou no seu cavalo - o Palomino dourado - e galopou pela praia até sumir da vista. Os corais e a orquestra atacaram no ritmo do mar, do vento. James Burton na guitarra , Glen Hardin no piano, Ronnie Tutt na batera. Tudo preparado, casa cheia, vai começar o show. “Suspicious Minds”, “My way”... Será, será “The Impossible Dream”?
Sonho vivido, fato ocorrido! Vou contar essa pras crianças. Eles não vão acreditar como não acreditam no Elefante rondante. Por falar nisso, quando Elvis disparou com seu Palomino, o Elefante ( a pedra do Elefante, ícone de Itaipuaçu) correu junto. Contam que Elvis parou e na pata da frente, seu nome gravou – história de um mergulhador que, sob a água, o fato constatou. “Love me tender”.
Antonio Machado
Itaipuaçu, 30 de janeiro de 2007.

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