Essa é a última vez que pretendo falar sobre a Pedra do Elefante. Não que eu me proíba de fazê-lo futuramente, detesto a palavra “proibido”. O fato é que para encerrar as histórias sobre a Pedra, senti a necessidade de escrever sobre o surgimento da mesma, não me refiro ao acidente geográfico criado por um cataclismo geológico, mas da grande obra de engenharia e arte feita pelos chineses há muitos séculos e que deu origem à forma atual da Pedra...
...Ao olharmos para os “índios” americanos vemos que desde o Alasca até a Patagônia todos são chineses, vindos para cá milênios atrás no apogeu do império Khmer – o florescente império, com sede em Angkor, situado no atual Camboja – que dominava toda a Indochina e teve origem chinesa.
Nesse período, Angkor possuía poderosa frota intercontinental, aportada nas costas do Vietnam, então dominado pelos Khmers.
De lá partiram as naus expedicionárias rumo ao continente perdido, depois chamado de América.
A frota era muito bem preparada, a bordo levavam: homens; mulheres; soldados; víveres; mudas de jambeiros, mangueiras e bananeiras; hortas com verduras preventivas do escorbuto; água potável e até elefantes.
Os elefantes são os “tratores” da Indochina, utilizados até hoje para esse fim.
Acontece que as naus não comportariam água e comida necessárias à alimentação de um casal de elefantes na longa viagem que atravessaria parte do Oceano Pacífico, todo o Índico e todo o Atlântico até o continente perdido.
Por essa razão não existem elefantes nativos na América. Só existem mangueiras, bananeiras, jambeiros e chineses “nativos” descendentes daqueles trazidos pela esquadra cambojana.
Quando a grande expedição chegou ao Brasil, naquela época chamado de “Nova Birmânia”, o primeiro contato com a terra foi em Itaipuaçu.
Não foi difícil desembarcar pois haviam portos e canais no mangue que ia até o sopé da Serra da Tiririca.
Aqui em Itaipuaçu foi fundada a capital colonial do império Khmer, e para marcar a fundação da cidade foi esculpida na grande pedra amorfa, o perfil de um elefante asiático.
Arquitetos, artistas e operários trabalharam anos a fio para concluir o icônico, hierático e monumental paquiderme de pedra
– homenagem ao animal símbolo da Indochina.
A cidade foi soterrada pelas dunas juntamente com o manguezal, os habitantes se espalharam pelas Américas e viraram índios.
Os portugueses quando aqui chegaram descobriram a China.
E o pétreo paquiderme, único vestígio daquela metrópole colonial, ainda hoje, dirige o seu nostálgico olhar para o leste, onde se encontra a terra natal dos khmers.
Itaipuaçu, 15/02/2007
Quase acreditei outra vez...
ResponderExcluirCrônica coerente e mentirosa. Deliciosa de ler e ouvir. Quem vai dizer que não é verdade?
Eu não me atrevo!!!
Ana Paula Fernandes
Antonio, sensacional!!!!
ResponderExcluirGostei desta inclusão das suas crônicas no blog. Vai aí a dica para a próxima, aquela do dia de azar, que também é muito boa....
Parabéns pelo seu trabalho que é desenvolvido com bastante dedicação e carinho. Te admiro bastante.
Abraço,
Pablo Furtado.